Império hitita na sua máxima expansão, cerca de 1300 a.C..
Continente: Ásia e África
Capital: Hattusa
Governo : Não especificado
História
• 1531 aC Conquista do Norte da Babilônia
• Conquista do Império Mitanni junto com os Egípcios
• Babilônios expulsão os Egípcios e os Hititas das terras do Império Mitanni
• Dissolução
Os hititas eram um povo indo-europeu que, no II milénio a.C., fundou um poderoso império na Anatólia central (atual Turquia), cuja queda data dos séculos XIII-XII a.C.. Em sua extensão máxima, o Império Hitita compreendia a Anatólia, o norte e o oeste da Mesopotâmia até a Palestina.
História
Chamavam-se a si próprios hatti, e a sua capital era Hattusa ou Hattusha. Os registros em baixo relevo e relatos da época descreviam os hititas como homens fortes, de estatura baixa, com barbas e cabelos longos e cerrados, possivelmente usados como proteção para o pescoço. Os cavalos eram venerados como animais nobres. Os encarregados de cuidar dos cavalos assumiam notoriedade na sociedade hitita.
Estima-se que os Hititas Indo-Europeus tenham entrado na Ásia Menor por volta do século XX A.C., passando pela região do Cáucaso. O seu Império formou, junto com o Egito e a Babilônia, o trio das grandes potências dos séculos XIII e XIV A.C. (ver C.W.Ceran - O Segredo dos Hititas).
Tal como os antigos egípcios, seus contemporâneos, detinham uma escrita hieroglífica. Sua principal arma eram os temidos carros de guerra com capacidade para três pessoas (um condutor e dois guerreiros, geralmente um deles utilizando um arco), uma inovação frente aos carros de guerra de 2 pessoas utilizados tradicionalmente por seus vizinhos.
A Batalha de Kadesh é o evento mais famoso da história hitita, quando o Príncipe Hattusilis, tio do Rei Muwatallis atacou de assalto o exército de Ramsés II do Egito nas proximidades da cidade de Kadesh. A dramática batalha (segundo relatos egípcios, o próprio faraó precisou usar a espada para salvar sua vida) terminou sem vencedores, mas ambos os lados reivindicaram a vitória. A batalha é ricamente detalhada em escrituras egípcias, e a descoberta dos sítios hititas na Turquia confirmaram o trunfo hitita sobre o Egito.
Depois da Batalha de Kadesh, os hititas se envolveram em uma guerra civil que esfacelou o império. Logo após a guerra, os hititas incendiaram Hattussa e fugiram para uma região desconhecida. Até hoje não se sabe qual foi o destino dos hititas. O imo do poderio hitita, bem como seu brio, havia sido deixado de lado quando as cidades mais poderosas de seu império foram devastadas em guerras civis e abandonadas por seu próprio povo, os hititas que antes nunca haviam sofrido uma derrota, tornaram-se alvo fácil para os povos do mar, sem suas capitais bélicas, o restante do império foi devastado por indo-europeus, conhecidos como povos do mar.
Os hititas também venceram outras grandes batalhas, e eram grandes inimigos dos gregos. Durante o apogeu do império, os hititas saquearam a cidade-estado da Babilônia, arrebataram cidades dos hurritas, e Alepo do Egito. Na Ásia Menor, não havia povo tão evoluído quanto os hititas que, em sua cultura, assimilaram a tudo dos antigos povos que ali viviam, conhecidos como seus ancestrais, os hattis, bem como mantinham grande comunhão com Troia, cidade na qual alguns estudiosos afirmam que, na época, pagava tributo a suserania hitita.
Leis
As leis hititas não incluíam as crueldades mutiladoras do antigo código babilônico, nem do mais recente, assírio. Evidentemente, o desafio à autoridade real recebia uma punição draconiana: a casa do infrator era "reduzida a um monte de pedras" e o criminoso, apedrejado até a morte, junto com a família. Fora disso, a pena de morte era obrigatória apenas para o bestialismo e o estupro, em relação ao qual se fazia uma estranha distinção entre atacar uma mulher casada "nas montanhas", que era um crime capital, ou na casa dela. Neste último caso, se ninguém ouvisse a mulher gritar por ajuda, ela seria condenada à morte, talvez com base na teoria de que ela estaria voluntariamente cometendo adultério.
Os hititas e a Bíblia
A Bíblia se refere aos "hititas" em diversas passagens. Em Gêneses 10:15 (a tabela das nações) há a citação do primeiro antepassado dos hititas, "Hete". Filho de Canaã.
Os hititas são contados desse modo entre os Cananeus. São descritos geralmente como pessoas que viveram entre os Israelitas entretanto possuíam seus próprios reis, e eram suficientemente poderosos para pôr um exército sírio em fuga segundo o registro bíblico. Urias, marido de Betsabá, era hitita segundo a Bíblia (Segundo Livro de Samuel).
Arqueologia
Até fins do séc. XIX, tudo quanto se sabia sobre os hititas provinha de pequenas referências na Odisséia, onde são chamados de khetas, e de algumas passagens do Velho Testamento. Ainda assim, desconhecia-se que essas referências aludiam a um mesmo povo. A descoberta das primeiras ruínas misteriosas, hoje atribuídas aos Hititas, na Turquia, ocorrida em 1839, não sensibilizou a comunidade científica.
Quando o arqueólogo, Henry Sayce, afirmou em 1880 que os heteus do Antigo Testamento eram o mesmo povo que deixou diversos rastros na região da Ásia Menor, a comunidade acadêmica recebeu suas afirmações com descrédito, alcunhando-o de "o inventor dos hititas". A confirmação da teoria de Sayce veio por meio dos esforços de um arqueólogo alemão, Hugo Winckler (1863-1913), cujas escavações em Boghazköy, trouxeram à luz cerca de 10.000 tabletes em escrita cuneiforme, pertencentes aos arquivos dos reis de Khatti.
As primeiras informações mais claras sobre a história Hitita somente foram disponibilizadas por volta da primeira década do século XX e a decifração dos seus Hieróglifos ocorreu por volta de 1946.
Após a morte prematura de Winckler, em 1913, a Sociedade Germânica Oriental confiou a publicação dos arquivos hititas a um grupo de assiriologistas. Um deles, o Prof. Bedrich Hrozný, foi o autor da primeira gramática hitita, e estabeleceu o caráter indo-europeu da estrutura da língua. Coube também a ele traduzir e publicar as duas coletâneas de leis hititas, que tantos esclarecimentos trouxeram sobre a cultura desse povo.
Soberanos
De entre os vários reis de Hatti destacaram-se:
• Hattusilis I
• Hattusilis III
• Muwatallis
• Suppiluliuma (ou Schubiluliuma)
• Mursili II
Esta é uma lista de reis e soberanos hititas (nesitas):
• Hatusil III (12?? - a.C.)
• Mutalu (13??-12?? a.C.)
• Supiluliuma (?)
• Tudalias II (1480-? a.C.)
• Telepinu (?-1650 a.C.)
• Mursil I (?)
• Hatussil I (?)
• Labarna (?)
• Anita (1950-???? a.C.)
• Pitanas (?)
Bibliografia
• O Segredo dos Hititas (A descoberta de um antigo Império) - C. W. Ceran - Editora Itatiaia - Belo Horizonte - 2a Edição 1958;
FONTE DE PESQUISA: Wikipédia, a enciclopédia livre.